Um belo dia estava eu caminhando só e pensativa.Pensava em várias coisas diferentes, em meu filho.
Já faz oito anos desde que “aquilo” acontece. Mas amo meu filho como nunca.
Ele não é uma criança normal, embora gostaria que fosse.
Yory tem lindos cabelos dourados e seus olhos são tão azuis como a vasta água do oceano, muito inteligente para sua idade.
Mas nele há algo em especial que não se encontra em muitas crianças.
Eu conheci Iago, pai de Yory, assim por acaso, enquanto eu voltava das compras, estava ele ali no chão, quase morto.
Havia perdido muito sangue e lhe faltava um braço, o esquerdo. Era muito belo com aqueles olhos azuis penetrantes e seu longo cabelo dourado que batia pelo que dava para ver, na cintura. Sua pele era branca e macia e seu cheiro muito suave, como um lindo anjo.
Nunca vi nada igual, parecia que ele havia deixado o campo de guerra naquele momento.
Estava muito machucado, seu rosto frágil coberto com seu sangue cor de rubi, o que destacava mais ainda sua pele.
Estava encantava e ao mesmo tempo, horrorizada em vê-lo daquele jeito.
Um medo súbito tomou conta de mim naquela hora. Poderia tê-lo deixado, ali mesmo a sua própria sorte, mas meu coração não conseguia ignorá-lo, não iria me perdoar se o deixasse ali.
Lentamente fui me aproximando do seu ouvido e aos sussurros tentei recobra-lhe
a consciência.
Fiz várias perguntas como:
Você esta bem? Precisa de ajuda? Quer que eu chame uma ambulância para você? Pode me ouvir?
Coisas desse tipo, mas que tola se ele estava ali, daquele jeito claro que precisava de ajuda, então antes que ele pudesse responder qualquer uma de minhas perguntas eu rapidamente peguei meu celular e já ia ligando para uma ambulância, quando senti algo muito gelado me tocar impedindo-me de discar qualquer numero. Olhei-me do lado e estava ele a me encarar.
Naquele momento queria eu poder gritar de terror e medo, mas minha voz não conseguira sair.
Aqueles olhos realmente me encantaram, com a voz tremula pergunte-lhe o que eu poderia fazer para ajudá-lo já que ele estava todo machucado.
Sua voz soou baixo mas eu pude entender, ele precisava de mim, foi o que consegui entender antes que desmaiasse pálido, pois perdera muito sangue.
Ele não queria que eu o levasse a nenhum hospital, não sei o por que mais resolvi atender seu pedido, como se ele estivesse me encantado.
Não estava mais com medo dele, só sentia muito por ele estar daquele jeito.
Liguei para meu irmão e lhe passei o endereço.
Quando ele chegou, não queria concordar em levá-lo a nossa casa, já que era um total desconhecido, mas depois de tanto implorá-lo dando-lhe a condição de que eu iria me responsabilizar por tudo que ele fizesse de mal, ele finalmente concordou.
Chegamos em casa já era de noite, meu irmão iria apenas conversar com o seu patrão e passar na farmácia e logo estaria em casa.
Disse a ele que não precisava se preocupar que eu daria os primeiros socorros para ele naquele instante, e fi-lo prometer que não iria contar para ninguém sobre aquele hospede, já que era seu desejo. Ele pestanejou um pouco, mais o convenci e ele concordou .
Na hora em que meu irmão saiu, respirei fundo e fui cuidar do ferido.
Ele ainda estava dormindo ou desmaiado não sabia dizer.
Tirei-lhe toda aquela roupa ensangüentada e com um pano bem molhado passei em seu corpo, para que toda aquele sangue pudesse sair.
Dava para ver nitidamente que o braço que lhe faltava, estava cicatrizando lentamente, por que não havia mais sangue ali.
Seu rosto já estava limpo e eu havia lhe dado alguns pontos em cortes que eu considerava profundo.
Seu cabelo eu havia penteado e amarrado e dei-lhe roupas de meu irmão para que ele pudesse usar e pus as suas para lavar.
Confesso que eram as roupas mais belas e estranhas que eu havia visto ate agora.
Mas não o questionei. Três horas haviam se passado, quando meu irmão chegou com alguns antibióticos, e antiinflamatórios.
Meu irmão me questionou muito aquela noite, disse-me que estava louca por trazer um estranho a nossa casa. Talvez ele estivesse certo, mas eu não pude ignorá-lo, já que ele estava quase morrendo.
Eu naquele época estava doente, por isso havia me afastado do meu serviço e estava dependendo dos meus direitos e já que eu estava em casa me cuidando, haveria de cuidar dele também já que estava como um hospede em minha casa.
Dormiu por quase uma semana seguida e num dia chuvoso e frio ele acordou.
Estava com um pouco de febre e reclamava muito de dor de cabeça. Fiz-lhe um café bem forte e dei-lhe de beber.
Pedi a ele que descansasse um pouco mais, já que poderia ainda estar muito fraco.
Fiz aquele café da manha para ele e como de costume troquei seus curativos e dei-lhe os remédios.
Ele me agradeceu, mas disse que não esperava muito de mim já que eu era um simples ser humano.
Perguntei-lhe naquele momento se era assim que ele agradecia aqueles que o ajudavam.
Disse-me que apenas uma pessoa em toda sua vida, havia lhe ajudado por esse longo caminho., uma garotinha de oito anos que fora abandonada pelos pais.
Disse-me que odiava a raça humana, menos aquela garota que o ajudara e que os próprio humanos havia matado-a .
Tentei descobrir o Maximo que eu pude, mas tudo o que eu consegui foi um obrigado dito grossamente.
Não me importei, por que havia pensado que ele ainda estava em choque e o deixei ali deitado e fui fazer sua comida.
Na hora do almoço tentei ser amigável, o questionando, mas a única coisa que consegui foi seu nome, Iago um lindo nome para alguém tão ingrato.
Foi um ar desagradável entre nós, por vários dias. Meu irmão já havia perdido a paciência varias vezes com Iago, queria chamar a policia e o levado dali, já que era um ingrato.
Mas eu o convenci, deixando-o mais nervoso ainda, fazendo-o ir dormir na casa da namorada.
È naquele dia, nós tivemos uma pequena briga, mas ele logo me perdoou por que havia notado em mim algo que só ele enxergava naquele momento, eu estava apaixonada por Iago e pelo jeito dele, não havia tomado conta disso, mas no momento em que eu o vi ali, caído no chão, não pude negar realmente havia me apaixonado por ele.
Três meses haviam se passado, Iago já estava quase recuperado, eu ainda não o deixava se levantar sozinho, sempre o apoiando e ele sempre arrogante, e a cada dia eu amava mais esse jeito dele.
Amava a forma que ele desprezava a raça humana ele realmente não gostava nem um pouco e a confessar eu gostava apenas de meu irmão e agora dele e muito.
Eu havia sofrido muito nas mãos de algumas pessoas e os desprezava. Todos me achavam estranha por isso, eu não me importava e agora eu havia encontrado alguém como eu.
Fiquei muito feliz, e naquela tarde eu o ajudaria a tomar banho, pois todos os dias meu irmão havia feito isso, mas ele não estava ali.
Pus um dos braços dele em meu ombro e o conduzi até o banheiro. Ajudei-lhe a tirar a roupa e quando eu liguei o chuveiro percebi que ele me encarava, mas diferente d Iago de todos os dias, estava me desejando, o seu olhar dizia isso.
Lentamente ele foi se aproximando, pondo sua mão macia em meu rosto, seus lábios tocaram nos meus, meu coração estava acelerado, não pude resistir e me entreguei a ele por inteira, pois o amava.
Ele e eu estávamos namorando, nos identificamos, éramos iguais, os pensamentos, a conversa, tudo muito parecido.
Meu irmão e eu havíamos feito as pazes de vez. Havia se passado quase dois anos e eu estava grávida.
Nós dois ficamos felizes, já que éramos quase uma família.
Nove meses se passaram e Yory havia nascido.
Lindo, como se parecia com o pai, aquela pele branquinha, seus olhos azuis, lindos!
Eu estava muito feliz. Por uma ano vivemos todos bem, mas eu notara que Iago estava muito longe de nós.
Seus pensamentos não me alcançava e depois de muitos dias ele assim, resolvi questioná-lo.
Disse-me que precisava voltar de onde veio e que precisava deixar a Yory e eu.
Fiquei perplexa, não queria aceitar, por que ele teria que ir embora e o que quis dizer que precisava voltar do lugar de onde veio?
Estava tremula e muito nervosa, pois não queria aceitar isso, perguntei a ele o por que, e calmamente ele me contou que era um demônio, um ser que odiava e desprezava a raça humana e que precisava voltar ao seu mundo.
Eu não acreditei, para mim era só uma desculpa esfarrapada e que na queria me dizer a verdade.
Mas ele me provou, fazendo alguns truques que para mim eram mágica.
Para eu ter acreditado, ele fez aparecer sua espada e a empunhou, fazendo u golpe que destruiu varaias arvores de uma vez num só golpe.
Minha boca caiu, mas não era só isso, ele me mostrou sua verdadeira face.
Um ser realmente encantador, meio angelical e demoníaco ao mesmo tempo.
Seu verdadeiro nome, era Hazael.
Veio ate meu mundo por engano e pela posse de algo em seu mundo, participou de uma grande guerra com seres se sua espécie, e nessa batalha havia perdido seu braço esquerdo e parado na minha dimensão, no meu mundo.
Estava horrorizada e encantada ao mesmo tempo, com medo mais excitada de saber que a pessoa que eu amava, não era uma pessoa e sim um ser de outro mundo, outra dimensão e que nosso filho Yory, era fruto de uma amor de dois mundos.
Chorando o abracei e pela ultima vez fizemos amor, o que jamais iríamos esquecer. O ultimo e mais gostoso.
Não queria que ele fosse, mas quando a lua cheia apontou, ele com seu próprio sangue abriu um portal.
Antes de atravessá-lo me confessou, que odiava a raça humana e todos seus desentendes.
Tinha amado apenas a garotinha que o ajudara a muito tempo atrás, mas que havia pego mais ódio dos seres humanos depois que ela havia sido morta por eles.
Desde então uma briga por seres de sua própria espécie começou. Dois lados, os protetores dos seres humanos e os que os odiavam.
E ele odiava toda a raça humana, antes de me conhecer.
Disse-me que continua odiando, mais que havia se apaixonado por mim e que realmente me amava.
Prometeu-me voltar para ver o sangue de seu sangue e que daria sua vida para me proteger.
Os seres que mais amava Yory e eu.
Dito isso me deu um longo beijo e atravessou o portal para sua própria dimensão.
E já fazem oitos anos que isso aconteceu, Yory esta a par de tudo, já que é herdeiro de seu poder “demoníaco” mas com o mesmo ar angelical.
Estamos esperando o dia que voltará, meu irmão casou-se e espera ansioso o seu regresso, tal como eu e Yory, pois nós te amamos muito.
Espero que não tenha dado sua vida por nós, já que não merecemos, pois somos seres ingratos de qualquer coisa boa que possa fazer, mas fico feliz de ter te conhecido naquele dia....
por Cristiane Soares

A historia ,e coberta de ingratidão e amor . legal tem pessoas ingratas mesmo no mundo q vivemos e a realidade,mas não podemos abalar por isso ..O triste da historia de amor e q ele foi embora ...
ResponderExcluirAdorei. Li esse conto há algum tempo.
ResponderExcluirParabéns Cris.
Lady of Darkness
ufa é só um pesaadelo,ai vcs acordaram né?
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